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Os Bantu na visão de Mafrano – Quase Memórias
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Os Bantu na visão de Mafrano – Quase Memórias

«Os Bantu na visão de Mafrano – Quase Memórias”, foi apresentado na BIRKBECK UNIVERSITY OF LONDON, no passado sábado, dia 9 de Novembro, pela Família de Maurício Francisco Caetano, “Mafrano” que contou com a presença do Embaixador de Angola no Reino Unido, Gen. Geraldo Sachipengo Nunda, a Cônsul Geral de Angola no Reino Unido, Luzia Maria Dias dos Santos, o Representante da Embaixada do BrasilMeinardo Cabral, o Presidente da Casa da Guiné-Bissau no Reino UnidoJoaquim Moreira, bem como diplomatas Angolanos, membros da comunidade Angolana no Reino Unido, e ilustres participantes dos países da CPLP como foi também o caso da Associação Feminina de São Tomé e Príncipe.

Na obra de Mafrano, pseudônimo do historiador Angolano Maurício Francisco Caetano, os bantu são analisados como um grupo étnico e cultural fundamental para a compreensão da formação sociocultural africana, especialmente no contexto de Angola e do continente africano em geral. Mafrano explora a diversidade e a riqueza das sociedades bantu, enfatizando o papel que elas desempenham na construção das civilizações africanas, seus sistemas de organização social, suas crenças religiosas, tradições orais e valores culturais.

Mafrano observa que os povos bantu compartilham uma raiz linguística comum, que se estende por diversas línguas e dialetos, e que essa conexão linguística ajudou a moldar uma identidade cultural relativamente coesa, apesar das variações regionais. O autor também discute a importância das migrações bantu, que teriam ocorrido em diferentes ondas e que contribuíram para a disseminação da cultura bantu por grande parte da África subsaariana. Essa expansão bantu é vista como um processo civilizatório importante, responsável pela propagação de tecnologias, como a metalurgia, a agricultura e os sistemas de organização comunitária.

Outro ponto abordado por Mafrano é a influência dos bantu na formação de identidades e culturas afrodescendentes em regiões como o Brasil, o Caribe e as Américas, como consequência do tráfico transatlântico de escravos. Os bantu teriam contribuído significativamente para o legado cultural afro-americano, especialmente na música, dança, religiosidade e idioma, o que se traduz em práticas culturais de resistência e afirmação da identidade africana no Novo Mundo.

Assim, na visão de Mafrano, os bantu representam uma força cultural resiliente e unificadora que, mesmo diante de adversidades históricas, deixou marcas profundas e duradouras nas sociedades africanas e afrodescendentes.